Como ficaram os preços dos combustíveis no início de Maio?
Análise baseada em 24.369 postos e 255.144 tipos de combustíveis coletados em maio.
Na última sexta, 30 de abril, a Petrobras anunciou um novo aumento do preço da gasolina comum e do diesel comum (S500), vigentes a partir do dia 01 de maio.
As últimas três semanas os combustíveis apresentaram alta em seus preços. Mesmo com a redução na refinaria para a gasolina comum e o diesel comum, ambos os combustíveis registraram aumento.
Um outro anúncio que impactou o início do mês de maio foi o aumento de 39% o m³ do gás natural.
GNV em alta
De acordo com o anúncio da Petrobras, a variação é resultado “da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio”. Conforme a companhia, as atualizações dos preços dos contratos são trimestrais e com relação aos meses de maio, junho e julho, a referência adotada são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março.
“Durante esse período, o petróleo teve alta de 38%, seguindo a tendência de alta das commodities globais. Além disso, os preços domésticos das commodities tiveram alta devido à desvalorização do real”, informou a petroleira em nota.
O repasse dos custos incorridos pela companhia para o transporte do produto até o ponto de entrega às distribuidoras também influencia os preços do gás natural da Petrobras. Esses custos são definidos por tarifas reguladas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Esta parcela do preço é atualizada anualmente no mês de maio pelo IGP-M, que, para o período de aferição (março de 2020 a março de 2021), registrou alta de 31%”.
De fato, após o anuncio, o GNV aumentou 13% em relação a semana passada atingindo o preço de R$ 3,806 m³, seu maior patamar em 2021.
Etanol Comum volta à subir
O etanol comum que havia se destacado com uma forte alta e atingiu o seu maior patamar de preço do ano na segunda semana de março.
No período das restrições de mobilidade, registrou queda consecutiva de 4 semanas. Mesmo com essa redução de R$ 0,268, as três últimas semanas de alta já recuperou 54% do preço médio ao consumidor.
No período de redução de mobilidade e consequentemente retração de consumo, a bandeira Shell reduziu R$ 0,33 seguida pelas distribuidoras sem bandeira, conhecidas como bandeiras brancas, que apresentaram R$ 0,29 centavos de redução.
Nas últimas três semanas, BR Distribuidora recupera 56% da redução de preço praticada no período de restrição de mobilidade (+R$ 0,13) e Ipiranga 35% (+R$ 0,09) respectivamente.
Gasolina Comum em alta na bomba apesar do anúncio de redução
A Petrobras anunciou no 30 de abril uma nova redução do preço da gasolina comum na refinaria.
O anúncio de aumento da gasolina comum no dia 16 de abril atingiu nas duas últimas semanas um repasse de 70% ao consumidor final.
Porém, o último anúncio de reajuste no dia 01 de maio (-R$ 0,05), não chegou ao consumidor final. Pelo contrário, a semana registrou alta de R$ 0,03.
Ipiranga e Shell nas últimas 3 semanas, recuperaram em torno de 50% a redução de preço registrada no período durante as restrições de mobilidade, já BR Distribuidora e as distribuidoras conhecidas como Bandeiras Brancas na ordem de 40%.
Novos anúncios fazem preço do Diesel Comum decolar
A Petrobras anunciou aumento do preço do diesel comum na refinaria no dia 16 de abril, anteriormente, esses repasses de preços não chegavam em sua totalidade ao consumidor.
Porém, esse aumento do dia 16 de abril na refinaria, chegou em 3 dias ao bolso do consumidor integralmente.
No dia 01 de maio, vigoraria um novo anúncio feito pela Petrobras, a segunda redução do preço por litro na refinaria.
Surpreendentemente na semana após o anúncio, o preço por litro do diesel comum aumenta e atinge o maior patamar do ano.
Enquanto a redução na refinaria foi na ordem de -R$ 0,05, as distribuidoras aumentaram em média R$ 0,13 na semana de 03 a 09 de maio.
Acompanharemos semanalmente essas movimentações de preços de combustíveis e compartilharemos através do nosso blog.
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