Canal de Suez e Lockdown: como os preços dos combustíveis variaram no início de abril?
Na semana do dia 15/03 até o dia 21/03, a Petrobras anunciou a primeira redução do preço da gasolina comum, e posteriormente, no dia 25/03, realizou o segundo anúncio de uma nova redução da gasolina comum e a primeira do preço do diesel comum.
Um outro efeito que poderia ser sentido, foi o bloqueio do Canal de Suez devido ao encalhe do navio egípcio no dia 23/03. O Canal de Suez é um importante rota para barris de petróleo que vêm do Oriente Médio, portanto, com o bloqueio, os preços do óleo iniciaram o seu movimento de subida.
Consequentemente um possível aumento impactaria no Brasil porque a política de preços da Petrobras segue o conceito da paridade de importação. O cálculo considera as cotações internacionais, taxa de câmbio e os custos de importação.
Com o desencalhe no dia 29/03, consequentemente, aliviou a pressão sobre o preço dos barris.
Para a nossa análise semanal vamos avaliar esses movimentos dentro da última semana.
O “lockdown”, ou feriado prolongado, nos grandes centros do país, como resultado, pode ter contribuído com a redução do preço dos combustíveis em relação à semana anterior. A queda da mobilidade e consequentemente, a redução do consumo, pode ser uma explicação plausível.
Importante destacar que as reduções aplicadas na refinaria pela Petrobras não chegaram na íntegra ainda na bomba, ou seja, no bolso do consumidor.
ETANOL COMUM
O etanol comum que foi o grande vilão das últimas semanas, com a intensificação do aumento do seu preço por litro a partir da terceira semana de fevereiro, atingiu o seu maior patamar de preço no ano na segunda semana de março ! Entretanto, nas duas últimas semanas apresentou queda de -3%. Mesmo com essa redução apresenta uma alta de 24% no ano.
O etanol comum em 2021 mesmo com essa redução nas duas últimas semana, registra aumento acumulado de R$ 0,81 no seu preço por litro.
A BR Distribuidora se posiciona nas últimas quatro semanas em torno de 3% acima das distribuidoras bandeiradas, e 4% acima das distribuidoras sem bandeiras. Essa redução do preço por litro na semana foi mais tímida frente as demais distribuidoras, em torno de R$ 0,09.
A Shell reduziu R$ 0,15 seguida pelas distribuidoras sem bandeira, conhecidas como bandeiras brancas, que apresentaram R$ 0,14 centavos de redução. A Ipiranga retraiu em R$ 0,11 o preço por litro nas duas últimas semanas.
GASOLINA COMUM
A Petrobras anunciou no dia 20 de março a primeira redução do preço da gasolina comum na refinaria, e no dia 25 de março a segunda redução.
A expectativa após os anúncios de redução da gasolina comum, seria que, essa redução, chegasse ao consumidor final. Porem, de fato, não aconteceu, foi constatado uma redução na ponta de 34% do valor total reduzido na refinara com os dois anúncios até o dia de hoje.
A queda do preço médio da gasolina comum nas últimas duas semanas foi de R$ 0,082 frente uma redução na refinaria de R$ 0,24.
Nas últimas semanas, os postos que não possuem vínculos com uma distribuidora específica, conhecidos como “bandeiras brancas” e os postos bandeirados, reduziram em torno de 1,3% do preço ao consumidor.
DIESEL COMUM
A Petrobras anunciou no dia 25 de março a primeira redução do preço do diesel comum na refinaria. O impacto nas duas últimas semanas foi uma redução -1,5%, porém, acumula alta de 14,1% no ano do preço que chega ao bolso dos consumidores.
Os 5 repasses de preços do diesel comum na refinaria não foram repassados integralmente ao consumidor, como também, sua redução nas últimas duas semanas. Um total de 16% da redução na refinaria chegou no preço bomba.
A BR Distribuidora foi quem apresentou o maior patamar de repasse na refinaria para o preço bomba, 50% da redução. A bandeira Shell repassou 33% da redução enquanto Ipiranga e os postos não bandeirados repassaram 25% dessa redução.
Acompanharemos semanalmente essas movimentações de preços de combustíveis e compartilharemos através do nosso blog.
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