Como refletiu o 6º aumento da PETROBRAS no bolso do consumidor?
Iniciamos a semana passada com a notícia do sexto aumento dos preços de combustíveis anunciado pela PETROBRAS no dia 09 de março de 2021.
Reforçamos que a política de preços da PETROBRAS continua seguindo o conceito conhecido como “paridade de importação”, que calcula quanto custaria vender o combustível importado no mercado interno. O cálculo considera as cotações internacionais, taxa de câmbio e os custos de importação.
Com o encerramento da semana, avaliaremos como refletiu no preço ao consumidor esse movimento.
Em nossa série de preços diários ao consumidor, com uma base de coleta em torno de 24.369 postos, e 152.331 de preços de combustíveis coletados, observou-se que nos aumentos nominais realizados pela PETROBRAS a partir do 3º reajuste de preço, o repasse para o consumidor chegou dentro da própria semana do reajuste.
O Diesel Comum (S500), possui um comportamento da curva similar à Gasolina Comum, porém, o repasse observado entre os períodos de reajustes não foi integral. O reajuste do diesel comum somente deu início a partir de 27 de janeiro de 2021.
Para o overview do comportamento dos preços semanal destacamos as seguintes movimentações:
O Etanol foi o combustível que mais sinalizou crescimento frente a semana anterior, com uma alta de 7,4% para a versão comum e 6,5% para a versão aditivada.
O preço médio do Etanol Comum a partir de 2021 vem apresentando uma aceleração do repasse de preço ao consumidor, porém a partir da terceira semana de fevereiro, esse movimento se intensificou e atingiu o maior patamar de crescimento do ano nessa semana.
Dos R$ 0,815 centavos acrescidos ao longo de 2021, o comportamento das últimas quatro semanas representou 91% do crescimento de todo o ano.
Os postos conhecidos como “bandeirados”, foram os responsáveis pela movimentação do etanol comum tracionando a alta de preço superior a R$ 0,30 em relação a semana anterior.
A Gasolina também sinalizou crescimento em ambas as versões (4,1% e 5,1% respectivamente). Vale ressaltar que, na composição do seu custo, há um percentual de etanol que pressiona o preço final ao consumidor, mesmo que todo o aumento do 6º reajuste da Petrobras já tenha sido absorvido na semana.
A partir do início do ano de 2021, o aumento do preço chega ao consumidor final semana a semana, com a intensificação desse repasse de preço nas últimas quatro semanas.
Ao longo de 2021, o aumento da Gasolina Comum já atinge quase R$ 1,00; o comportamento das últimas quatro semanas representou 72% do crescimento de todo o ano.
Dentre os postos bandeirados, a BR foi quem praticou o menor aumento do preço médio da Gasolina Comum, enquanto os postos que não possuem vínculo com uma distribuidora específica, conhecidos como “bandeiras brancas”, sinalizaram aumento de R$ 0,24 frente a semana anterior.
Acompanharemos semanalmente essas movimentações de preços de combustíveis e compartilharemos através do nosso blog.
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