Impacto no preço dos principais combustíveis do Brasil
Esse estudo se baseia na coleta de 295.818 preços de combustíveis em um total de 24.728 postos de combustíveis na média por mês coletados entre janeiro de 2021 até a 4 semana de julho de 2021.
O eixo X é o preço médio praticado até a 4 semana de julho de 2021.
O eixo Y é a variação do preço médio de julho (até a 4 semana) frente o preço médio praticado em janeiro de 2021.
A interseção do eixo X com o eixo Y são as informações do preço médio da gasolina comum no Brasil e a variação de julho (até a 4 semana) frente a janeiro de 2021.
O tamanho das bolas são a quantidade de postos que comercializaram o tipo de combustível no país.
Histórico diário dos preços dos combustíveis
Entendido as premissas da análise, a carga tributária (ICMS, PIS/PASEP, COFINS e CIDE), a diferença entre o preço das refinarias e cobrado na bomba para o consumidor são compostos pela margem do produtor/importador, custo do etanol anidrido que compõem a gasolina comum, do biodiesel e da margem dos distribuidores e revendedores.
Para o diesel comum, 40% do seu preço final é composto por impostos e margem da cadeia de distribuição. Já a gasolina comum essa mesma composição atinge 56% do seu preço por litro e 15% do custo do etanol anidrido que representa em torno de 27% sua composição.
O etanol anidrido teve seus preços pressionados pela estiagem desse ano impactando na consistência da produção, a seca no verão e a alta do preço do açúcar no mercado internacional que concorreram com a produção do etanol.
Esse cenário impacta na última semana de julho termos os maiores preços registrados de etanol comum, gasolina comum e diesel comum desde o início do ano, com aumento de 34%, 27% e 25% respectivamente.
Comparativo do preço dos combustíveis
Indexando o preço médio dos combustíveis praticados na primeira semana de janeiro, podemos verificar ao longo de 2021 o comportamento dos aumentos praticados na bomba.
Contextualizando a informação para os nossos leitores, o novo presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou em sua posse que buscaria reduzir a volatilidade de preços, sem desrespeitar o alinhamento com os preços internacionais dos combustíveis. Ele indicou a intenção de conciliar interesses dos consumidores e de acionistas, valorizando os trabalhadores. Afirmou ainda que sua administração focaria na redução da dívida e no investimento em pesquisa e desenvolvimento.
“Vamos buscar reduzir a volatilidade (mudanças bruscas dos preços nas refinarias, em curtos prazos), sem desrespeitar a paridade internacional (alinhamento com os preços externos)”, disse o general à época, citando a principal causa dos preços mais alto nas bombas de combustível.
Agora, em um balanço dos 100 dias de gestão, analistas avaliam que a troca não tem sido satisfatória do ponto de vista da paridade de preços. Em julho, a gasolina e o diesel atingiram seu preço mais alto nos postos de combustível desde o início do ano, e os caminhoneiros já ameaçam realizar uma nova greve.
A categoria critica o governo federal por não propor medidas que viabilizem a redução do preço do óleo diesel, e a Petrobras, por manter a política de preços. A gasolina, por exemplo, já subiu 27 % e o diesel 25% em 2021.
A própria Petrobras teria sinalizado a interlocutores que deve manter a política de preços, com alinhamento ao preço de paridade de importação (PPI), mas tentando evitar repassar a volatilidade aos preços domésticos. O Brasil não integra a Opep, mas sofre influência da política de controle da oferta praticada pela organização.
Os preços do etanol dispararam nos postos de todo país, em julho atinge seu maior patamar de preço no ano, 34% superior a primeira semana de janeiro. O aumento do etanol foi impulsionado por conta da estiagem que ocorreu no verão. A produção não veio de forma consistente e, por isso, ocorreu um problema de oferta e demanda que fez os preços do combustível subirem.
Um outro aspecto que potencializou a seca no verão brasileiro, foi a disparada do açúcar no mercado internacional. Com os preços em alta no exterior, os produtores preferem fabricar cana para exportar açúcar do que para produzir etanol.
Gasolina Comum
O Centro-Oeste foi a região que mais aumentou seu preço por litro frente a primeira semana de janeiro. Juntamente com o Norte e o Nordeste apresentam o preço médio na casa dos R$ 6,00.
O Rio de Janeiro é capital com o preço por litro mais elevado R$ 6,375, porém na composição do sudeste o preço médio da região em julho foi R$ 5,842. A região sul e sudeste se posicionam abaixo da movimentação da média nacional e possuem a maior concentração dos postos que comercializaram a gasolina comum no país.
Etanol Comum
Já para o etanol comum, o Nordeste foi a região que mais aumentou seu preço por litro frente a primeira semana de janeiro e com o preço mais elevado em relação a média Brasil. Juntamente com o Sul e o Norte apresentam o preço médio na casa dos R$ 5,10.
A região sul apresenta o terceiro maior patamar de preço praticado na bomba, em julho o preço médio girou em torno de R$ 4,973. O centro-oeste e sudeste se posicionam abaixo da movimentação de média nacional dos postos que comercializaram o etanol comum no país.
Diesel Comum (S500)
A região norte possui o maior preço médio do diesel comum (S500), mas o destaque frente a janeiro de 2021 é a região Nordeste. Desde o início do ano, o valor do diesel na região aumentou quase R$ 1,00 o seu preço por litro. A região Centro-Oeste se posiciona ligeiramente acima da média Brasil.
O Sul do país é a região com o menor preço do diesel comum e a onde houve o menor repasse de preço frente a janeiro. As regiões Sul e Sudeste concentram a maior quantidade de postos que comercializam o S500.
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