Fatores internos e externos: A construção de uma estratégia de pricing resiliente
Manter-se atualizado sobre as dinâmicas do mercado de combustíveis é crucial para uma estratégia de precificação sólida e competitiva. Na última semana, o cenário brasileiro apresentou movimentações importantes que merecem a sua atenção. O comportamento do mercado reflete uma combinação de fatores internos e externos, reforçando a necessidade de acompanhar, de forma integrada, o que acontece no cenário político, econômico e regulatório. Estar por dentro dessas atualizações permite ajustes mais ágeis e precisos, essenciais para proteger margens de lucro e sustentar a competitividade.
A política de preços da Petrobras continua sendo o centro das atenções. Apesar da ausência de anúncios formais sobre grandes alterações nos critérios de precificação, as discussões sobre o tema permaneceram intensas. Fontes do governo e da própria estatal indicam que, por ora, prevalece uma postura cautelosa, evitando oscilações bruscas. No entanto, a pressão para alinhar os preços domésticos às variações do petróleo e do câmbio internacional persiste. Para os profissionais de pricing, é vital não apenas acompanhar os anúncios da Petrobras, mas também analisar o contexto das declarações públicas, pois muitas vezes elas antecipam tendências de ajuste que podem impactar o mercado nos próximos meses.
Outro ponto de atenção são as variações regionais e a influência dos impostos. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, fatores como logística, custos de transporte e as diferentes alíquotas de ICMS moldam o preço final dos combustíveis em cada estado. Na última semana, o debate sobre a unificação do ICMS voltou a ganhar força, mas ainda sem uma definição concreta. Para as estratégias de precificação, torna-se essencial monitorar as práticas dos concorrentes locais e considerar como eventuais mudanças tributárias podem alterar a dinâmica competitiva, especialmente em mercados com alta sensibilidade a preço.
No cenário internacional, o preço do petróleo Brent e do WTI apresentou volatilidade, resultado das tensões geopolíticas em regiões produtoras e das oscilações nas expectativas globais de demanda. A taxa de câmbio real-dólar também se mostrou instável, impactando diretamente os custos de importação de derivados de petróleo e, portanto, afetando a formação dos preços internos. Esses fatores externos continuam a exercer forte influência sobre o custo base dos combustíveis, reforçando a necessidade de que o profissional de pricing mantenha um olhar atento aos indicadores internacionais e adote uma abordagem flexível para ajustar os preços conforme as variações do mercado global.
Por fim, as ações de fiscalização e regulamentação intensificadas também merecem destaque. Na última semana, órgãos de controle realizaram operações para coibir práticas abusivas nos postos de combustíveis, buscando garantir maior transparência e proteger o consumidor. Esse ambiente regulatório reforçado exige que a gestão de pricing esteja não apenas focada em competitividade, mas também em conformidade. Além disso, o comportamento dos consumidores, muito sensível às flutuações de preços, e as movimentações estratégicas dos concorrentes são fatores que precisam ser continuamente monitorados. Em tempos de volatilidade, entender como o consumidor reage a cada ajuste de preço pode ser o diferencial para manter a rentabilidade e fortalecer a posição de mercado.
Acesse triadpesquisa.com.br para informações atualizadas diariamente ou entre em contato para saber mais sobre nossos segmentos e regiões de atuação.