Precificação de combustíveis: Tendências, reajustes e impactos recentes
A volatilidade no mercado de combustíveis brasileiro exige atenção constante dos profissionais de pricing. A última semana foi marcada por diversos acontecimentos que impactam diretamente a formação de preços.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou um aumento na defasagem dos preços da gasolina e do diesel em relação ao mercado internacional. Com a recente queda do preço do petróleo no mercado externo, a gasolina no Brasil está, em média, 3% acima do exterior, enquanto o preço do diesel está 2% superior ao praticado no Golfo do México. Esse desalinhamento pressiona o mercado doméstico, podendo gerar dificuldades na competitividade das importadoras e estimular ajustes nos preços internos. Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar tem impacto direto nos custos de importação, o que pode levar a Petrobras e outras refinarias a reverem suas estratégias de precificação.
O último reajuste da Petrobras ocorreu há um mês, com um aumento de 6% no diesel, enquanto a gasolina permanece sem reajustes há 240 dias, gerando expectativas de mudanças nos próximos meses. Por outro lado, a Refinaria de Mataripe, administrada pela Acelen, segue com sua política de reajustes semanais, o que contribui para disparidades regionais nos preços. Uma pesquisa recente revelou que os preços de todos os combustíveis subiram em fevereiro em comparação a janeiro, com destaque para o etanol hidratado, que registrou um aumento de 22,1% nos últimos 12 meses, e a gasolina comum, que teve alta de 10,3% no mesmo período. Os preços médios nacionais da gasolina comum alcançaram R$ 6,434 por litro, sendo que as regiões Norte e Nordeste registraram os maiores valores, enquanto Sudeste e Sul apresentaram os menores preços.
Outro fator relevante foi o aumento do ICMS em 1º de fevereiro, que resultou em acréscimos médios de R$ 0,175 na gasolina e R$ 0,219 no etanol. Com a alta dos impostos, algumas distribuidoras e revendedores ajustaram suas margens, reforçando a necessidade de um monitoramento contínuo para entender os impactos na precificação ao consumidor final.
Diante desse cenário, os profissionais de pricing precisam adotar estratégias ágeis para manter a competitividade. O monitoramento constante da defasagem entre os preços internos e internacionais é essencial para antecipar possíveis reajustes. Além disso, a análise detalhada das variações regionais se torna indispensável, já que fatores como impostos estaduais e logística impactam os preços de forma desigual pelo país. A volatilidade do mercado exige flexibilidade e rapidez na adaptação das estratégias de precificação, permitindo reações rápidas a oscilações que possam comprometer a margem de lucro. Também é fundamental acompanhar de perto as ações da Petrobras, das refinarias privadas e as políticas governamentais que afetam o setor de combustíveis.
Com uma visão estratégica e análise precisa dos fatores que influenciam o mercado, o profissional de pricing estará mais preparado para tomar decisões assertivas, minimizar riscos e garantir a competitividade da empresa no setor de combustíveis.
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